quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Calendário de vacinação infantil terá mudanças a partir do segundo semestre



O Ministério da Saúde anunciou no último dia 18 a introdução de duas novas vacinas para crianças a partir do segundo semestre deste ano. O Calendário Básico de Vacinação Infantil passará a contar com a vacina pentavalente e a vacina injetável contra a pólio, feita com vírus inativado, e que será utilizada em paralelo à campanha nacional de imunização realizada com as duas gotinhas da vacina oral. A nova vacina, entretanto, só será aplicada em crianças que estão iniciando o calendário de vacinação.

Outra novidade a ser introduzida no segundo semestre, a vacina pentavalente reúne em uma só dose proteção contra cinco doenças: difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenza tipo B e hepatite B. Atualmente, a imunização para essas doenças é oferecida em duas vacinas separadas. "Com a inclusão da pentavalente no calendário vacinal vamos reduzir uma picada nas crianças, diminuindo as idas aos postos de saúde", explicou o ministro Alexandre Padilha. As crianças serão vacinadas aos dois, aos quatro e aos seis meses de idade.
A vacina injetável contra a pólio será introduzida no calendário básico a partir do segundo semestre. As campanhas anuais contra poliomielite também serão modificadas em 2012. Na primeira etapa--a ser realizada em 16 de junho--tudo continua como antes: todas as crianças menores de cinco anos receberão uma dose da vacina oral, independente de terem sido vacinadas anteriormente. Na segunda etapa--que ocorrerá em agosto--todas as crianças menores de cinco anos devem comparecer aos postos de saúde, levando o Cartão de Vacinação. A caderneta será avaliada para a atualização das vacinas que estiverem em atraso. Essa segunda etapa será chamada de Campanha Nacional de Multivacinação, possibilitando que o país aumente as coberturas vacinais, atingindo as crianças de forma homogênea, em todos os municípios brasileiros.
Vacina injetável contra pólio será aplicada aos 2 e 4 meses

Com o novo esquema, além da pentavalente, a criança manterá os dois reforços com a vacina DTP (difteria, tétano, coqueluche). O primeiro a partir dos 12 meses e o segundo reforço entre 4 e 6 anos. Além disso, os recém-nascidos continuam a receber a primeira dose da vacina hepatibe B nas primeiras 12 horas de vida para prevenir a transmissão vertical.
Vale destacar que a introdução da vacina injetável contra a poliomielite está sendo feita em países que já eliminaram a doença. A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), no entanto, recomenda que os países das Américas continuem utilizando a vacina oral, com vírus atenuado, até a erradicação mundial da poliomielite, o que garante uma proteção de grupo. O vírus ainda circula em 25 países. O Brasil utilizará um esquema sequencial, com as duas vacinas, aproveitando as vantagens de cada uma, mantendo, assim, o país livre da poliomielite. A vacina injetável será aplicada aos dois e aos quatro meses de idade e a vacina oral será utilizada nos reforços, aos seis e aos 15 meses de idade.
Em Nova Friburgo, a exemplo de vários municípios do país, o novo esquema de vacinação ainda será detalhado às equipes de saúde, conforme explica a coordenadora de Imunização da Fundação Municipal de Saúde, Luzia Forny. "Seguiremos as orientações do Ministério da Saúde e estamos aguardando uma reunião com a secretaria estadual de Saúde para definir a estratégia de introdução das novas vacinas no calendário básico. Acredito que até o início de fevereiro já teremos isso determinado", disse ela.
Fonte da reportagem :A Voz da Serra 

Imagens: Google Imagens.

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