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Conceito: Preenchimento da luz de cateteres venosos centrais e periféricos com solução heparinizada.
Responsável pela prescrição
Enfermeiro e Médico
Enfermeiros, Médicos, Auxiliares e Técnicos de enfermagem e Acadêmicos de enfermagem e de medicina sob supervisão do professor e/ou responsável.
Finalidades
Ø Manter permeabilidade do acesso vascular.
Ø Prevenir infecções relacionadas ao cateter.
Indicações
Ø Clientes com indicação de restrição hídrica.
Ø Clientes com cateteres sem indicação de soroterapia em tempo superior à 24h.
Ø Clientes com cateteres de longa permanência em uso esporádico.
Ø Clientes com rede venosa de difícil acesso.
Contra- indicação/ Restrição
Ø Não se aplica. Tomar cuidado com a aplicação de heparina com volume superior ao prime do cateter, quando o cliente tiver restrição ao uso desse medicamento.
Materiais
Preparo da solução heparinizada
Ø 1 ampola de água destilada de 10 ml
Ø frasco de heparina 5.000UI/ml
Ø seringa de 5ml ou 10 ml (para a solução heparinizada) – dependerá do tipo de cateter a ser heparinizado
Administração da solução
Ø seringa 10 ml ou 20 ml – dependerá do tipo de cateter a ser heparinizado – (para o SF 0,9%).
Ø soro fisiológico 0,9% (SF 0,9%)
Ø agulha 0,12 X 40 mm (40 X12)
Ø equipamentos de proteção individual - EPI- (luvas de procedimento e máscara cirúrgica)
Descrição dos procedimentos
1. Explicar o procedimento a ser realizado e a sua finalidade ao cliente e/ou familiar, obtendo o seu consentimento e realizar exame físico específico.
2. Higienizar as mãos.
3. Reunir os materiais necessários.
4. Preparar a solução heparinizada (100UI/ml).
Ø aspirar 0,2 ml de heparina na seringa de 10ml e completar com 9,8 ml de SF 0,9%.
5. Aspirar a quantidade de SF 0,9% na seringa, de acordo com o volume do cateter.
6. Encaminhar os materiais à unidade e colocá-los sobre a mesa de cabeceira.
7. Posicionar o cliente no leito.
8. Calçar luvas de procedimento e máscara cirúrgica.
9.1 Heparinização do cateter totalmente implantado
9.1.1 Fazer ou interromper o procedimento que envolve a manutenção da permeabilidade do acesso vascular.
9.1.2 Conectar a seringa de 20 ml contendo o SF 0,9% na extensão do cateter, e injetar os 20 ml, sem fazer pressão excessiva.
9.1.3 Conectar a seringa de 10 ml contendo a solução heparinizada, e injetar os 5 ml, em adultos, e entre 3 e 5 ml, em crianças.
9.1.4 Retirar o dispositivo de punção.
9.1.5 Fazer compressão local.
9.2 Heparinização de Cateteres Periféricos Curtos
9.2.1 Fazer ou interromper o procedimento que envolve a manutenção da permeabilidade do acesso vascular.
9.2.2 Conectar a seringa de 10ml contendo SF 0,9% ao cateter e injetar de 5 a 10ml.
9.2.3 Conectar a seringa de 10ml contendo a solução heparinizada ao cateter, e injetar 2ml.
9.2.4 Fechar o dispositivo.
9.3 Heparinização de PICC
9.3.1 Fazer ou interromper o procedimento que envolve a manutenção da permeabilidade do acesso vascular.
9.3.2 Conectar a seringa de 10 ml contendo SF 0,9% ao cateter, e injetar os 10ml.
9.3.3 Conectar a seringa de 10ml contendo a solução heparinizada ao cateter, e injetar 3ml.
9.3.4 Fechar o dispositivo.
9.4 Heparinização de Cateter Central de Único ou Múltiplos Lumens
9.4.1 Fazer ou interromper o procedimento que envolve a manutenção da permeabilidade do acesso vascular.
9.4.2 Conectar a seringa de 10 ml contendo o SF 0,9% em uma das vias do cateter, e injetar 5ml.
9.4.3 Conectar a seringa de 10 ml contendo a solução heparinizada à via do cateter, e injetar 2ml, fechando-a logo após.
9.4.4 Repetir os passos de 9.4.2 e 9.4.3 nas demais vias do cateter.
10. Recolher os materiais.
11. Recompor a unidade e o cliente.
12. Colocar o cliente em posição confortável, adequada e segura.
13. Dar destino adequado aos materiais e encaminhar os descartáveis, ao expurgo.
14. Higienizar as mãos.
15. Proceder as anotações de enfermagem no prontuário do cliente constando: concentração da solução heparinizada, quantidade injetada e presença de ocorrências adversas e medidas tomadas.
Justificativas
1. Diminuir a ansiedade e favorecer a colaboração do cliente.
2. Evitar a transmissão de microrganismos.
3. Economizar tempo.
4. Permitir a execução do procedimento.
5. Oferecer o volume de soro necessário para remover resíduos no lúmen do cateter.
6. Possibilitar o uso dos materiais e economizar tempo.
7. Facilitar a execução do procedimento.
8. Promover proteção individual.
9.1.1 Permitir a heparinização.
9.1.2 Remover medicamentos, soros ou sangue contidos no interior do cateter.
9.1.3 Manter a permeabilidade do acesso vascular.
9.1.4 Facilitar a execução do procedimento.
9.1.5 Promover hemostasia.
9.2.1 Permitir a heparinização.
9.2.2 Remover medicamentos, soros ou sangue contidos no interior da câmara.
9.2.3 Manter a permeabilidade do acesso vascular, evitando a obstrução do cateter por coágulos.
9.2.4 Manter o sistema fechado.
9.3.1 Permitir a heparinização.
9.3.2 Remover medicamentos, soros ou sangue contidos no interior do cateter
9.3.3 Manter a permeabilidade do acesso vascular.
9.3.4 Manter o sistema fechado.
9.4.1 Permitir a heparinização.
9.4.2 Remover medicamentos, soros ou sangue contidos no interior do cateter.
9.4.3 Manter a permeabilidade do acesso vascular e o sistema fechado.
9.4.4 Heparinizar todas as vias do cateter.
10. Promover ambiente favorável.
11. Promover ambiente favorável e privacidade. ao cliente.
12. Promover conforto e segurança.
13. Promover ambiente favorável e dar destino adequado aos materiais.
14. Promover proteção individual e evitar a transmissão de microrganismos.
15. Promover qualidade à documentação e atender à legislação.
Intervenções de enfermagem/Observações
Ø Utilizar a solução de heparina na concentração de 100UI/ml para a heparinização de todos os cateteres.
Ø Salinizar o cateter que será utilizado em um intervalo inferior a 24 horas com soro fisiológico 0,9%.
Ø Trocar a solução heparinizada trocada a cada 30 dias nos cateteres de longa permanência.
Referências Bibliográficas
1. PALOMO, J.S.H. Enfermagem em cardiologia: cuidados avançados. 1 ed. São Paulo: Ed Manole, 2007. 434p.
2. MESIANO, E.R.A.B.; MERCHÁN-HAMANN, E. Infecções da corrente sanguínea em pacientes em uso de cateter venoso central em unidades de terapia intensiva. Rev Latino-am Enfermagem, v.15, n.3, on line, 2007.
3. TAYLOR, C.; LILLIS, C.; LEMONE, P. Fundamentos de enfermagem: a arte e a ciência do cuidado em enfermagem. 5 ed. Porto alegre: Artmed, 2007. 1592p.
4. ARCHER, E et al. Procedimentos e protocolos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
5. BONASSA, E.M.A.; SANTANA, T.R. Enfermagem em terapêutica oncológica. 3 ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2005.538 p.
6. MILLER, D. Administração de medicamentos. Rio de Janeiro: Ed Reichmann & Affonso Editores, 2002. 446p.
7. FONSECA, S.M et al. Manual de quimioterapia antineoplásica. Rio de Janeiro: Reichman & Affonso, 2000.
FONTE: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Download do Arquivo:
heparinização de cateter venoso
Heparinização de cateter venoso
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