Doença Hipertensiva Específica da Gravidez (DHEG) é uma patologia que acomete as gestantes, em geral, na segunda metade da gestação e, mais frequentemente, no seu terceiro trimestre (REZANDE, 1998)
As síndromes hipertensivas são as complicações mais frequentes na gestação e constitui, no Brasil, a primeira causa de morte materna, principalmente quando se instalam nas formas graves como a eclampsia (CUNHA E DUARTE, 1998).
De acordo com Morton (2007), a DHEG é classificada em:
• Hipertensão induzida pela gravidez (em primíparas):
• Pré-eclampsia - desenvolvimento da hipertensão depois da 20ª semana de gestação complicada por envolvimento renal levando a proteinúria.
• Eclampsia: pré-eclâmpsia complicada por envolvimento do sistema nervoso central (SNC) levando à convulsões;
• Hipertensão crônica que antecede a gestação;
• Hipertensão crônica com toxemia superposta.
• Pré-eclampsia - desenvolvimento da hipertensão depois da 20ª semana de gestação complicada por envolvimento renal levando a proteinúria.
• Eclampsia: pré-eclâmpsia complicada por envolvimento do sistema nervoso central (SNC) levando à convulsões;
• Hipertensão crônica que antecede a gestação;
• Hipertensão crônica com toxemia superposta.
Os sinais de pré-eclampsia podem ser três: hipertensão, edema e proteinúria. A pré-eclampsia tem como forte indício o edema generalizado (parede abdominal, face, região lombosacra e mãos) e o aumento de peso acima de 1kg por semana. Outros sinais e sintomas podem surgir e à medida que a doença progride o vasoespasmo se agrava, podendo ocasionar alterações no fundo do olho como edema de retina, constrição ou espasmo arteriolar e hemorragias. Cefaleias, tonturas, distúrbios visuais e hiperreflexia podem aparecer decorrentes da irritabilidade crescente do sistema nervoso central. Em alguns casos a retina pode descolar-se, mas a fixação da retina ocorre espontaneamente após o parto. A dor epigástrica é um sintoma tardio, que é atribuída ao estiramento da cápsula hepática devido ao edema e/ou hemorragias (ZIEGEL E CRANLEY, 1985).
Já na eclampsia, o edema acentuado pode deformar as feições da mulher até torná-la irreconhecível. Sintomas como oligúria, anúria e proteinúria aparecem, a pressão arterial pode atingir valores acima de 180/110 mmHg. Podem ocorrer convulsões tônico-clônica que são precedidas por uma aura (sensação subjetiva e passageira que procede a uma crise). Essas crises começam com o bater das pálpebras ou por um espasmo dos músculos faciais, os olhos estão bem abertos e fixos, as pupilas estão geralmente dilatadas. Na sequencia todo o corpo se enrijece e todos os músculos se contraem e relaxam alternadamente. Após uma convulsão a paciente fica em coma que varia em duração e profundidade, a condição dessa paciente é sugestiva da evolução da doença (ZIEGEL E CRANLEY, 1985).
A cura para a DHEG é o parto. Por essa razão, se o parto não é aconselhado devido à imaturidade fetal, os esforços são dirigidos no sentido de controlar os sintomas, a fim de melhorar a condição materna e fetal até que o parto possa ser realizado (ZIEGEL E CRANLEY, 1985).
Os objetivos terapêuticos no tratamento da DHEG são finalizar a gestação com o mínimo de trauma materno-fetal, promover o desenvolvimento normal da criança, restaurar a saúde materna, diminuir a irritabilidade do sistema nervoso central, controlar a pressão sanguínea e promover a diurese (KNOBEL, 1998).
A DHEG é considerada uma doença possível de prevenção em quase todas as circunstâncias. Quando assume a responsabilidade de cuidar da saúde, a mulher que faz o pré-natal sabe reconhecer as alterações que necessitam de avaliação, permitindo o diagnóstico e o tratamento antes da eclâmpsia ocorrer. A DHEG devidamente tratada quase sempre pode ser controlada de forma a não progredir até a convulsão (ZIEGEL E CRANLEY, 1985).
A prematuridade constitui ainda em nossos dias uma das complicações mais frequentes da DHEG decorrente de um trabalho de parto espontâneo, em razão ou da contratilidade uterina aumentada ou, comumente, da conduta obstétrica de interrupção da gravidez, quando o quadro clínico se agrava e há comprometimento das condições maternas ou fetais (FERRAO et al, 2006).
O enfermeiro é um dos profissionais de nível superior da área da saúde responsável pela promoção, prevenção e recuperação da saúde dos indivíduos. Duas referências utilizadas descrevem condutas de enfermagem para pacientes com hipertensão induzida pela gravidez com diversos objetivos como (ZIEGEL E CRANLEY, 1985; SOARES E FLORIANO, 2008):
• Diminuir a irritabilidade do sistema nervoso central;
• Controlar a pressão sanguínea:
• Promover a diurese;
• Controlar o bem estar fetal;
• Auxiliar na dor;
• Aliviar náuseas e vômitos;
• Reduzir edema.
REFERÊNCIAS
CUNHA, S. P. da; DUARTE, G. Gestação de Alto Risco. Rio de Janeiro: Medsi, 1998.
FERRAO, M. H. de L. et al. Efetividade do tratamento de gestantes hipertensas. Rev. Assoc. Med. Bras.. São Paulo, v. 52, n. 6, 2006. Disponível em: . Acesso em: 30 Set 2011.
KNOBEL, E. Condutas no Paciente Grave. 2ª ed. v.2. São Paulo: Atheneu, 1998, p.1181-1186.
MORTON, P. G. et al. Cuidados Críticos de Enfermagem: Uma Abordagem Holística. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara e Koogan, 2007.
REZENDE, J. de. OBSTETRICIA. 8ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998
SOARES, H. de S.; FLORIANO, N. A. R.; ROSSO, L. A enfermagem e os cuidados na pré-eclâmpsia. Curitiba, 2008.
ZIEGEL, E. E; CRANLEY, M. S. Enfermagem Obstétrica. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1985.
Texto escrito pelas monitoras do Programa Proficiência: Ana Paula Herrera de França e Neyriane Thaynara dos Santos Vieira.
Matéria publicada no site do Conselho Federal de Enfermagem- COFEN 12 de Janeiro de 2012 às 21:16 • Controlar a pressão sanguínea:
• Promover a diurese;
• Controlar o bem estar fetal;
• Auxiliar na dor;
• Aliviar náuseas e vômitos;
• Reduzir edema.
REFERÊNCIAS
CUNHA, S. P. da; DUARTE, G. Gestação de Alto Risco. Rio de Janeiro: Medsi, 1998.
FERRAO, M. H. de L. et al. Efetividade do tratamento de gestantes hipertensas. Rev. Assoc. Med. Bras.. São Paulo, v. 52, n. 6, 2006. Disponível em: . Acesso em: 30 Set 2011.
KNOBEL, E. Condutas no Paciente Grave. 2ª ed. v.2. São Paulo: Atheneu, 1998, p.1181-1186.
MORTON, P. G. et al. Cuidados Críticos de Enfermagem: Uma Abordagem Holística. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara e Koogan, 2007.
REZENDE, J. de. OBSTETRICIA. 8ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998
SOARES, H. de S.; FLORIANO, N. A. R.; ROSSO, L. A enfermagem e os cuidados na pré-eclâmpsia. Curitiba, 2008.
ZIEGEL, E. E; CRANLEY, M. S. Enfermagem Obstétrica. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1985.
Texto escrito pelas monitoras do Programa Proficiência: Ana Paula Herrera de França e Neyriane Thaynara dos Santos Vieira.
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